31 agosto 2012

Escola Porto alegre comemora 17 anos

A Escola Municipal de Ensino Fundamental Porto Alegre, também conhecida como EPA, completou 17 anos nesta quinta-feira. Situada no Centro Histórico, na Rua Washington Luiz, a escola atende jovens em situação de rua e de vulnerabilidade social e faz o importante papel de reinserção na sociedade. 

A comunidade participou da comemoração
 
Em reconhecimento à importância do trabalho, o Movimento Viva Gasômetro integrou os jovens da EPA nas atividades de Cinema realizadas aos sábados na Praça Júlio Mesquita, abrindo espaço para a exposição dos trabalhos de cerâmica e cartonagem, realizados pelos alunos. Além de outras ações conjuntas, como a parceria na realização de palestras e oficinas para os jovens.
Inclusive uma das bandeiras levantadas pelo Viva Gasômetro, teve início na Escola Porto Alegre: o pedido de tombamento da Usina de Gás Carbonado. A EPA está situada ao lado da usina, hoje usada como fabrica de cimento pelo Departamento de Esgotos Pluviais. E foi a direção da Escola que atentou para a importância do local.
Trata-se da verdadeira Usina do Gasômetro. A usina hoje conhecida como Usina do Gasômetro, que data de 1928, era movida a carvão. Já a Usina de Gás Carbonado, data de 1874, e era em seu entorno que a população da época ia observar o pôr do sol. Em função desta usina é que o local ficou conhecido como volta do Gasômetro.

A Coordenadora do Viva Gasômetro assinou a lista de presença feita de argila pelos alunos da EPA


Sobre a EPA
Fundada para acolher jovens em situação de vulnerabilidade social, adota o mesmo modelo de ensino das turmas de Educação de Jovens e Adultos (EJA), sendo oferecidas todas as matérias do currículo normal, com destaque para a disciplina de artes, que tem função interdisciplinar e serve como ensino profissionalizante e arteterapia.
Criada em 1994 com o nome de “Escola Aberta do Centro”, começou suas atividades nas ruas do Centro Histórico, enquanto seu prédio estava em construção. Após um ano de funcionamento, mudou-se para o atual espaço físico em 30 de agosto de 1995 – data comemorada oficialmente como a de fundação. Ainda naquele ano, teve escolhido seu nome atual, sugerido por aluna em concurso.
Segundo a diretora Maria Beatriz Osório Stumpf, a instituição conta atualmente com 23 professores e 114 alunos, de 15 a 30 anos, que vivem em situação de rua, em abrigos, na Fundação de Atendimento Sócio-Educativo (Fase), entre outros casos. Já foram formadas quatro turmas no Ensino Fundamental, todas a partir de 2009.

Sobre o pedido de Tombamento
A comunidade entende que o aproveitamento da verdadeira Usina do Gasômetro para fins culturais resgatará parte da história da cidade. Por isso, o Movimento Viva Gasômetro fez o pedido de tombamento da Usina de Gás Carbonado, em de março de 2010, ao Conselho Municipal do Patrimônio Histórico (COMPACH). O protocolo foi repassado à Equipe do Patrimônio Histórico (EPAHC), onde o pedido encontra-se em análise desde então.

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