19 dezembro 2013

ZERO HORA - GERAL - 19/12/2013 | 07h10min

NOVO ESPAÇO À VISTA
Parque do Gasômetro deve ser aprovado hoje em Porto Alegre

Na Câmara de Vereadores da Capital, discussão será sobre ligação do local com orla do Guaíba

Foto: Bruno Alencastro / Agencia RBS
Sem previsão de espaço para estacionamento de veículos, o projeto de criação do Parque do Gasômetro – antigo anseio dos moradores do centro de Porto Alegre – deve ser aprovado na tarde de hoje na Câmara de Vereadores. Os parlamentares chegaram a um consenso, e a discussão principal ficará em torno de uma emenda de Sofia Cavedon (PT), que propôs uma ligação do parque com a orla do Guaíba por meio de um rebaixamento da Avenida João Goulart.
Ao todo, serão 38 mil metros quadrados de área verde em um dos cartões postais da cidade. Agora, os políticos correm contra o tempo pensando na Copa do Mundo de 2014, já que o local é uma importante rota para o Estádio Beira-Rio.
– Eu convido qualquer cidadão a ir, nos finais de semana, naquele lugar e ver como as pessoas ficam sentadas, tranquilamente. Fazer um estacionamento ali é tirar uma área pública tradicional. Temos de terminar o quanto antes essa história para as próximas definições, pensando na Copa – afirma o vereador Professor Garcia (PMDB), autor da emenda contrária ao estacionamento.
O Projeto de Lei Complementar (PLC) 20/2013 estipula como limites do parque as praças Brigadeiro Sampaio e Júlio Mesquita e o espaço que atualmente é de propriedade da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), entre a Rua Washington Luiz e a Avenida João Goulart, em frente à Câmara.
Previsto desde a revisão do Plano Diretor da Capital, em 2009, o parque deveria ter sido concretizado por uma legislação específica. O Executivo, porém, não enviou a proposta para a Câmara, e a discussão acabou voltando com força em abril deste ano, quando foi anunciado o corte de dezenas de árvores para a duplicação da Avenida Beira-Rio. A área afetada era justamente o entorno da Usina do Gasômetro.Ganho de área é celebrado por idealizadores da obra.
Moradores e ecologistas, com apoio do Ministério Público (MP), conseguiram suspender a derrubada das oito árvores da Júlio Mesquita, que integram o projeto original. As demais foram arrancadas ao longo da Beira-Rio.
 -Por toda a comoção que houve na cidade, esperávamos uma audiência pública. Porém, fomos derrotados na reunião dos líderes (da Câmara) sobre isso. De qualquer forma, o trabalho apresentado dialoga com as reivindicações da população – ressalta Sofia Cavedon.
Após a definição dos limites do novo parque, serão necessárias duas desapropriações. Uma delas é a da área da CEEE, em processo de tombamento pelo Estado, por ter abrigado a Usina de Gás Carbonado, de 1874, e a outra é a de uma propriedade do Incra e da Escola Porto Alegre para recolher meninos de rua.

– A área total é bem maior do que prevíamos e concordamos com ela. É uma vitória – comemora Jacqueline Sanchotene, coordenadora do Movimento Viva Gasômetro.

Na última fase do projeto, está previsto um concurso público para a escolha dos projetos arquitetônico, urbanista e ambiental.

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